Ágora (I) - pré-autárquicas
Nunca umas eleições foram tão pouco discutidas como estas Autárquicas de 2006. Do referendo ao aborto, das presidenciais às políticas do Governo tudo tem servido para discutir o acessório.
Quando se vê uma abordagem aos candidatos, tem-se referido, essencialmente, as pessoas, o seu cadastro, e a sua (falta de) ética. Quanto a projectos, ideias e análise dos mandatos prévios: nada!
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Quando se vê uma abordagem aos candidatos, tem-se referido, essencialmente, as pessoas, o seu cadastro, e a sua (falta de) ética. Quanto a projectos, ideias e análise dos mandatos prévios: nada!
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Independentemente de os resultados destas próximas eleições se revelarem mais como um castigo ao actual partido do Governo, do que uma avaliação dos anteriores mandatos, já houve um perdedor: todos nós.
Julgo mesmo que este factor será determinante em muitos pontos do país (castigo ao PS do Governo). Outro dos perdedores será a classe política, que foi ferida gravemente na sua credibilidade e não se sabe até quando se irão repercutir essas consequências.
Quanto ao vencedor antecipado ele é claramente o populismo. Segundo as últimas sondagens, a maioria dos candidatos "independentes" estarão neste momento à frente e poderão vir a vencer.
Mais preocupante do que as pessoas serem levadas pelo populismo é o facto de muitos deles serem políticos acusados de abuso de poder, de vária ordem, aquando do cumprimento das suas funções enquanto presidentes de câmara. O preocupante é que eles são vistos como Robin Hoods que roubam (caso se confirmem as suspeitas) aos ricos para dar aos pobres e a eles próprios. Ora, os ricos somos todos nós, e principalmente os respectivos co-munícipes, que contribuímos com os nossos impostos.
Mais preocupante é as pessoas não conhecerem sequer os candidatos mais próximos de si, não saberem os progamas, nem sequer as promessas para mais tarde cobrarem e saberem quem é Fátima Felgueiras e Cia. Isto acontece porque os comícios são feitos para a televisão, os debates são produzidos para a crispação e acusações mútuas, pelo meio com faltas de respeito. E porque os cartazes, os folhetos e as acções de rua são ineficazes e ruidosos.
Aconteça o que acontecer, a democracia já começou a perder.
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